Prmeiro Contacto com o Linux
02-03-2013 00:26Este texto pretende ser uma espécie de entrada ao mundo GNU/Linux para um novo usuário, aquele que nunca usou mas pretende usar GNU/Linux em computadores de estilo Desktop ou Laptop. A primeira coisa a fazer quando temos a iniciativa de começar a usar Linux é procurar a primeira informação, para isso basta escrever a expressão Linux no vosso navegador que não IE. A distribuição mais conhecida é o Ubuntu onde a sua grande vantagem reside na sua extensa comunidade, desenvolvimento profissional com suporte comunitário e aproveitando a base Debian que é aquela que provém maior número de Binários, pacotes instaláveis automaticamente com resolução de dependências. Existem outras distribuições do mesmo género e com tais características como Crunchbang, Debivagos, CaixaMágica, Salix, Mageia etc... , são todas elas de uso fácil. Outras há em que a gestão de pacotes é um pouco diferente, necesitando o usuário de manualmente adequar dependências ao source base.
Uma grande vantagem do Ubuntu em relação a outras distros é permitir a instalação automática de software de terceiros, privados e por outro lado instalar automaticamente módulos de hardware (drivers) detectados de terceiros, daí que o Ubuntu seja a distro perfeita para quem não sabe se os seus drivers são ou não totalmente compativeis com o sistema Linux. Muitas distros dentro da rama Ubuntu necessitam do pacote non-free para adequarem o hardware ao sistema isto deve-se a que o Debian não insere esse pacote na sua ISO, ficando a cargo do user baixá-lo da internet e instalá-lo pelo gestor de pacotes e terminal. Existem ainda distros completamente livres de drivers de terceiros listadas no sitio oficial ;
https://www.gnu.org/distros/free-distros.html
Alguns aplicativos e drivers requerem firmware para funcionar e, algumas vezes, este firmware é distribuído somente na forma de código objeto, sob uma licença não-livre. Nós chamamos esses programas de firmware de “blobs”. Na maioria dos sistemas GNU/Linux, você normalmente encontraria esses “blobs” acompanhando alguns drivers no kernel Linux. Tais firmwares devem ser removidos das distribuições de sistemas livres. Blobs podem ter várias formas. Algumas vezes, eles serão fornecidos em arquivos separados. Outras vezes, eles podem estar incorporados dentro do código do próprio driver (por exemplo, podem ser codificados como um grande vetor de números). Não obstante como esteja codificado, qualquer firmware não-livre deve ser removido dos sistemas livres.(Para ser mais claro, nem todo vetor de números em um driver é um firmware. É importante que se entenda o propósito dos dados antes de decidir se é apropriado ou não para um sistema livre.)
Fonte URL-> https://www.gnu.org/distros/free-system-distribution-guidelines.pt-br.html
O mundo GNU/Linux tem constantes e acesos debates sobre esta temática de adpatção do kernel a Blobs por definição, por vezes Linus Torvalds é atacado por abrir o kernel à adequação a Blobs. É uma constante o debate e existem grandes divisões dentro da comunidade no referente a este tema.
Tal qual existem distros livres, que todos deveriamos optar por usar devido à fiabilidade de todo o código livre, existem também projectos distintos como o Kernel Libre, o qual tapa toda e qualquer adaptação a módulos não abertos de licença privada.
https://en.wikipedia.org/wiki/Linux-libre
https://www.fsfla.org/ikiwiki/selibre/linux-libre/index.en.html
GNU Linux-libre is a project to maintain and publish 100% Free distributions of Linux, suitable for use in Free System Distributions, removing software that is included without source code, with obfuscated or obscured source code, under non-Free Software licenses, that do not permit you to change the software so that it does what you wish, and that induces or requires you to install additional pieces of non-Free Software.
Our releases can be easily adopted by 100% Free GNU/Linux distros, as well as by their users, by distros that want to enable their users to choose freedom, and by users of those that don't.
Fonte->https://www.fsfla.org/ikiwiki/selibre/linux-libre/index.en.html
A primeira vez que eu tomei conhecimento e uso de um sistema totalmente livre foi um pesadelo para mim, lembro-me de têr usado o Dragora, onde tive de andar a adaptar tudo à mão sendo-me impossivel adpatar por exemplo a minha placa de rede, desde teclado a rato a outras tudo tinha de ser feito manualmente, foi aí que percebi que dessa maneira se apreende muito mais sobre a gestão de um sistema GNU/Linux e da sua base Unix-https://pt.wikipedia.org/wiki/Unix
2- Caminho.
A distro que eu mais gosto de usar é mesmo o Ubuntu derivado da sua fácil instalação e adequação dos Blobs conhecidos ao sistema, mas devo advertir que é uma distro tipo cápsula onde se não tivermos iniciativa entramos e saímos dela pouco sabendo verdadeiramente de Linux – administração, rotina, personalização e caminhos de configuração. No entanto tanto é possivel apreender Linux num Ubuntu como num Slackware, por falar em Slackware, é a distro mais velha de todas e uma das mais fiáveis onde os pacotes adicionados (poucos mas muito bons) são amntidos longoi período de tempo o que faz do Slackware uma verdadeira parede de betão, que deixa o vosso pc usável por 50 anos (estou a brincar...).
Para comelarem usem Ubuntu é mais fácil sobretudo pela questão detecção configuração de Blobs firmwares, ou não querendo usar Ubuntu recomendo o uso de Epidemic Linux (Debian based com detecção e configuração automática de firmware), Crunchbang (Debian Based e com detecção de firmware) Debivagos (Debian Based com detecção de firmware) Salix (Slackware Based também detecta firmware) entre outros → podem descobrir outras distribuições no link seguinte->
3- Acção.
Imaginemos que baixamos uma ISO de Ubuntu, a primeira coisa que fazemos é confirmar o seu Hash (o hash é como que uma assinatura de autenticidade do produto) como fazemos?
Para fazerem isso usam o comando Md5sum, se usam winderos usam o programa que podem baixar->
O uso deste comando em Winderos não conheço muito bem em Linux abrimos terminal e apontamos o comando para o local do .ISO
$ md5sum /home/user/ubuntu.iso
Se o Hash confirmar, então significa que a ISO está intacta, é fidedigna e usável para boot.
3.1- É também importante que verifiquem se o vosso computador é um sistema 32 Bits ou 64 Bits, daí que se usem tags como amd64 e i486 ou outras, uma i486 designa um tipo de processador que é 32 Bits, enquanto uma amd64 é tipo 64 Bits, ou seja existem diferentes tipos de ISOS umas para 32 Bits e outras para 64, assim como recentemente existem Kerneis adaptáveis a computadores 32 Bits com mais de 4 GB ram, chamados de kernel PAE, designado no Ubuntu por generic.
https://help.ubuntu.com/community/EnablingPAE
Para voçês verificarem num Winderos se o vosso computador é de estrutura 64 ou 32, basta abrirem a aba de painel de controlo e procurarem características de sistema, já num Linux podem correr um comando que vos revelará essa info
$ grep -m 1 flags /proc/cpuinfo
se na saída aparecer a flag lm significa long-mode isso quer dizer que o vosso computador é capaz de usar um sistema 64 bits ficando à escolha o uso de um 32 ou 64, voçês terão vantagens no uso do 64 porque ele refletirá maior desempenho.
3.2 – Feito tudo acima indicado, apontem para o vosso computador e digam “voilá”, têm a ISO, têem-na correcta (ou seja uma 32 ou 64 bits) tomemos o exemplo de uma 32 bits.
Vão agroa queimá-la numa Pen-Drive, não sou adepto de que se queime um DVD ou cd para uma ISO que daqui a 2 anos não serve para nada porque os repositórios da versão que agora baixamos um dia caducarão e deixarão de ser usáveis então, optamos por usar um Boot via pen, como fazemos isso?
Fácil, baixam o programa Unetbootin disponivel também para winderos, sendo que em winderos baixem a versão 491 uma vez que as mais recentes estão “capadas” e configuram mal o boot init process, voçês sabiam que “winderos d'ont like Linux” ou não?
Muito bem depoisd ebaixarem abram o tal programa e queimem a tal ISO
Reiniciem o computador e tecleiem a tecla de “Setup menu” e apontem para o device, dispositvo pen-drive, no linux as pens são localizadas em /dev/sd[b], c,d... , a chave do setup menu é normalmente indicada na primeira tela de boot da BIOS, pode variar entre premir a tecla F10, F11, F12, F8, ESC ou outra.
Feito isso abre-se uma tela de menu do boot já da distro, live-mode com várias opções incluida e opçãod e boot seguro.
Pronto.
4- Agora se houver problemas.
Caso booteiem a pen e quando se lança o sistema recebam uma tela preta ou branca, existe um problema gráfico, por vezes isso resolve-se passando uma ordem ao parâmetro de kernel para a não gestão da placa gráfica num primeiro boot, por vezes editamos o grub para que essa opçãod e parâmetro esteja definida primáriamente , ou em outras tantas vezes o problema pode ser um pouco mais grave necessitando a configuração manual dos drivers, e Xorg.
https://wiki.ubuntu.com/Kernel/KernelBootParameters
https://www.mjmwired.net/kernel/Documentation/kernel-parameters.txt
Caso sofram de algum desses problemas, desloquem-se a um fórum, lá o ajudaremos.
Caso Booteiem, tenham imagem gráfica tipo isto
significa que tudo está bem!
Pronto tendo imagem gráfica já passamos a primeira fase, a segunda é esta – verifiquem se têm a vossa placa de internet activa, se ela recebe conexão ou não.
Caso não receba pode estar mal configurado o canal opor vezes por definição fica no eth0 e por vezes o user quer modificar para sinal via wireless = wlan, então basta um comando – ifconfig wlan0 up e pronto, caso mesmoa ssim não haja melhorias desloquem-se a um fórum e lá ajudaremos.
Caso tenham a rede usável e bem configurada então podem instalar o vosso Linux.
5 – Instalação.
Amaioria das distros usa um instaldor gráfico podem visitar o meu blog e vêr a secção do texto “Instalação” no fundo, são imagens de instalação do T.A.S->
https://tux-a-solta.blogspot.pt/p/tas.html
Também existem instaladores textuais, no Slackware e Gentoos usa-se muito esse método.
No caso do Ubuntu a instalação demora uns 15 minutos, no caso do Epidemic bastam 7 minutos, e noutras distros o tempo nunca ultrapassa os vinte minutos.
6- Programas, interfaces e gestores de janelas.
No Linux temos duas vertentesd e interface a textual em que não temos gráfico visual →
E temos a outra que é a visual
Em termos de programas temos uma grande panóplia deles para todo o tipo desde CAD a Multimédia, pentest, escolares, dedicados a investigação ciêntifica etc....
O modo como os instalamos é que difere, exactamente pelo lado dos Binários do sistema, no Debian usa-se o comando APT – dpkg, já no Slackware – Salix usam o slapt-get, e noutras distribuições usam outros responsáveis pela gestão de pacotes de sistema.
Esses pacotes segundo os repositório listados, variam de distro para distro assim como esses são instaláveis e aglutinados num gestor gráfico chamado Synaptic que é como uma montra de pacotes e sua busca e instalação.
Gestores de janelas – KDE, XFCE, LXDE, Openbox, Fluxbox Enlightenment e outros...
Estes gestor é uam das coisas do sistema que mais define o usuário, uns goistam mais de KDE outros como eu XFCE e outros escolhem outros.
Cada um tem a sua própria configuração e paths de personalização.
Há distribuições que se aliam a um tipo de gestor e marcam o seu caminho com ele é o caso do UE Ultimate Edition onde o seu maior segredo era aliar ao Gnome 2 a base Ubuntu e personalizções escuras e dinâmicas, ou o CrunchBang que alia a simplicidade de Openbox para o seu aspecto Minimal.
7-Pequenos prazeres...
O maior prazer é abrir um terminal e mover algo para local algum. Pergtuntar onde estamos, e quem esteve.
Tudo em Linux é possivel.
A minha experiência diz-me que este é o grande diamante do Século XXI.
Infelizmente as nossas escolas são parcas no uso deste sistema só agora os alunos e professores começam a ter aulas sobre ele, falta saber quanto os que transmitem essa informação conhecem verdadeiramente do sistema GNU/Linux.
E ainda assim quando alguém lança alguma iniciativa, contacta orgãos públicos e profissionais políticos, como eu encontramos uma completa falta de tudo, não nos respondem ou passam ao lado, mas eu insisto porque sei que esta é a oportunidade que jamais teremos. É essa mesma passagem que alguns em tempos faziam ainda são do tempo em que andavamos na Universidade e tinhamos de usar winderos porque havia para lá um professor que usava com pompa e circunstância Winderos e gravava ficheiros e tipo fechado, isso acabou agora é obrigatório usar formas abertas ainda e definitivamente bem!
Aqueles que da comunidade livre vierem a fazer parte devem saber que temos uma responsabilidade mais além de contribuir técnicamente para ela, a responsabilidade social e humana, essa na qual partilhar é sinónimo de desenvolver e ajudar, se tu cais caímos todos.
E finalmente em tempos de crise em Portugal, respondam ou perguntem ao país irmão Brasil-
Que escolha fizeram eles para sistema tecnológico de inovação e rede pública? Que escoilha fizeram eles para as suas frotas de computadores?
Que cultura invocaram nos seus bairros e escolas?
Agoram procurem no Distrowatch por países e vejam que a Alemanha e outros países fazem surgir Distros como cogumelos, em Espanha existem apoios estatais a projectos desse tipo, porquê?
Voçês respodem...
8- Liberdade.
Tu tens a opção de escolher, podes usar um sistema livre e aberto a todos com retornos não só tecnológicos, como económicos, ciêntificos, culturais, sociais etc... ou escolher usar aquilo que alguém pensa que tu queres usar. Qual é a tua tribo?
Visitem a revista Linux.
Escrito por:
João Teixeira.
Desenvolvedor do sistema Flavitu-Linux. FlavituLinux
Outros Projectos:
https://www.dragora.org/wiki/pt:start
https://www.kiwix.org/index.php/Main_Page/en
https://www.epidemiclinux.org/ https://www.calculate-linux.org/
https://www.sugarlabs.org/
Blog pessoal:
https://tux-a-solta.blogspot.com/
Identica:
https://identi.ca/linuxer